Quem de nós, transportando para nossa própria situação existencial, não se colocou por alguns momentos na situação de Pedro? Quem não quer que de vez em quanto o tempo pare. E que de vez em quando o tempo voe... Quando as imagens da infância e da juventude de Pedro nos transportam para o lugar das lendas... das histórias ingênuas e antigas que nos falam das virtudes... tudo parece ir manso... e concordamos: não devíamos aceitar coisas de desconhecidos na rua. Mas... aceitamos. Aceitamos deixar entrar no nosso celular e nossa mente tantas coisas... tantas e tantas formas de “matar” o tempo! Penso que essa história singela e absolutamente direta nos pode levar a uma reflexão das mais urgentes no tempo e no espaço em que vivemos, na sociedade em que vivemos: como vamos administrar as distrações, os convites para acelerar, facilitar, desenvolver, as promessas de mais resultado, menos esforço e felicidade “garantida”? Não cabe a nenhuma outra consciência – que não a nossa própria – administrar o TEMPO de VIDA que temos... As linhas podem ser curvas ou retas... são mágicas! O tempo não. O tempo é irremediavelmente inexorável e — por tanto — nosso melhor Instrutor. Aproveitemo-lo!